Fui chamada pela equipe de enfermagem
que havia um cliente [paciente] passando mal no carro. Ao me aproximar alguém
me falo que ele havia tido uma convulsão. No momento que me aproximei já não
apresentava sintomas da crise convulsiva, o mesmo faz uso das medicações antiepiléptica. E
não havia tomado devido o velório de um familiar seu. Onde ele havia passado a noite.
Confirmado com Ilka que poucos minutos antes, havia ligado para mim relatando a
preocupação em ele ter uma crise. Orientei a mesma para que providenciasse o
mais rápido possível a medicação de rotina [Ilka é responsável pela equipe de
apoio do hospital] o mesmo não estava cianótico,
respirando normalmente mesmo os familiares pressionado o tórax do mesmo,
segurei a mão do mesmo e perguntei se estava sentindo alguma coisa. Ele falou
que não. Pra quem vivenciou uma crise epiléptica sabe que o paciente pode ficar
sonolento após a crise; o que ocorreu com o mesmo. Orientei aos familiares a
procurar assistência médica, como havia vários carros que o acompanhavam,
sugeri a ir em uma carro com ar condicionado, pelo fato do carro onde o mesmo
estava ser muito quente; devido a inexistência de um ar condicionado na ambulância,
e pelo fato da mesma encontra-se no sol. Não havia necessidade de oxigênio,
pois o mesmo respirava espontaneamente. Tentei agilizar a ida do mesmo buscado
evitar uma nova crise.
Para as pessoas que nunca vivenciaram
uma crise convulsiva, são tendenciosas a um descontrole emocional
muito grande, mas, não que justifique o assédio moral que passamos pela família
do mesmo, com palavrões, xingamentos, enfim, uma total falta de respeito com
esta instituição hospitalar e profissionais que aqui trabalham.
Por duas vezes a senhorita, Flaviana
Lúcia Assunção compareceu ao Hospital acompanhada do genitor e familiares,
apresentando pressão alta e distúrbio emocional, tendo recebido assistência
minha, e da equipe técnica de enfermagem. A mesma é sobrinha do falecido. Após
atendimento, a mesma recebeu orientação, tendo o quadro estabilizado,
retornando ao domicílio.
Deixo claro, que sou profissional, qualificada,
com especialização. Se estou em Angicos foi por uma opção minha. Não dependo de
política para o meu exercício profissional, trato a todos com educação,
respeito e sensibilidade, sem fazer distinção de pessoas, até por não ser o meu
perfil. Esclareço a todos que tenho uma família
maravilhosa, no qual não dependemos de política como meio de sobrevivência.
Quando o homem por mérito próprio não
consegue a tão sonhada estabilidade profissional e financeira, ele é um
fracassado, oportunista, isto jamais almejei para mim, busquei o meu próprio
espaço com estudo, trabalho e dedicação. Sou concursada, não devo favores a
ninguém, além dos meus pais.
Cris Silva, respeite aos outros para
que possa ser respeitado. O sol brilha para todos, busque o seu espaço com
dignidade e respeito aos que estão trabalhando com grandes dificuldades,sobretudo,
tentando acima de tudo, fazer o melhor para atender toda a população Angicana,
inclusive à você, com as inúmeras entradas no nosso Hospital.
José Ricardo, Ana Maria, José Maia; Triste
vocês julgarem sem me conhecer, sou um ser humano, jamais lhes julgaria com
estas palavras deprimentes. Sidronia Paula, não curta o que você
não tem conhecimento, às vezes erramos (...). Thamis Cruz, parabéns pela
pesquisa quanto ao nosso juramento profissional, nada o que eu não ponha em
prática no meu exercício. Podemos sim medicar no Programa, Estratégia Saúde da
Família, de acordo com a padronização efetuada pelo ministério da Saúde e o
Conselho Federal de Enfermagem. Telúzia, creio que seu comentário é uma questão
política que não compete a minha responder, não vejo coerência com o assunto em
questão. Rita, sou concursada, estou aqui por opção minha. Ewerton Lima, todos
os profissionais que recebem salários cuja lotação é no Hospital Regional de
Angicos, faz Jus, não existe funcionário fantasma, temos sim, profissionais
comprometidos, em prestar serviços da melhor forma possível, uma assistência de
qualidade diante de uma crise econômica e política vivenciada.
Política não se ganha denegrindo a imagem
das pessoas, mas sim, com honestidade, trabalho, projetos e respeito.
Sayonara Gurgel
Enfermeira