Uma fiscalização realizada na adutora Sertão Central Cabugi,
no Rio Grande do Norte, detectou
quatro situações de retirada irregular de água. Na comunidade de Riacho do
Prato, no município de Angicos,
uma pessoa estava enchendo um açude com água retirada clandestinamente da
adutora. O maior problema ocasionado por estas ações irregulares é o
comprometimento do abastecimento das cidades atendidas pela Sertão Central
Cabugi.
A equipe da Companhia de Águas e
Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) percorreu a adutora na quinta-feira
(13), com a presença da Polícia Militar e autorização do Ministério Público das
cidades de Angicos e Ipanguaçu. De acordo com o chefe da Unidade de Receita da
Regional Assu, Oscar Nelson, foram encontradas três irregularidades na
comunidade de Riacho do Prato. Sendo uma em que um açude recebia a água
clandestina. “A tubulação usada era de meia polegada. Entretanto, como a
pressão naquele trecho é alta, com certeza houve uma retirada muito grande do
produto”, ressalta.
Em outro flagrante detectado foi
que, mesmo existindo o hidrômetro em uma fazenda, o proprietário resolveu fazer
uma rede que não era registrada pelo equipamento para aguar plantação e para
uso dos animais. Já o terceiro flagrante em Riacho do Prato foi uma ligação
clandestina, ou seja, retirada de água sem registro pela Caern, para uma
propriedade.
A quarta irregularidade foi
encontrada em uma das descargas presentes na tubulação da adutora no município
de Itajá, onde foi danificado o equipamento para que a água escorresse e fosse
utilizada pelos animais. Neste caso, não foi possível identificar o responsável
pelo dano. As três pessoas responsáveis pelas propriedades foram notificadas
pela companhia. Na sexta-feira (14), foram feitos os registros por meio de
Boletim de Ocorrência sobre as irregularidades. Em seguida, o material com o
histórico das ocorrências e fotos será encaminhado à Assessoria Jurídica da
Caern para as medidas cabíveis. O Ministério Público também será informado do
resultado da fiscalização.
A comunidade de Riacho do Prato é a
primeira a receber água ao longo da extensão da adutora. Por este motivo, a
pressão da água neste trecho é muito alta. As intervenções irregulares nesta
comunidade provocam problemas de abastecimento nas demais cidades que ainda
receberão a água da Sertão Central.
A retirada da água causa
despressurização e a água não chega com a mesma força. A adutora é responsável
pelo abastecimento das cidades de Angicos, Fernando Pedroza, Pedro Avelino,Lajes, Caiçara do Rio do Vento e Riachuelo, além
das comunidades de Riacho do Prato, São Miguel no município de Fernando
Pedroza, Tapuia, Santa Maria, Mulungu e São José da Passagem no município de Santana do Matos.
Independente da época do ano, é crime retirar água das adutoras, uma vez que elas foram construídas para levar água tratada para abastecimento humano. Jamais a água que passa por tratamento deve ser usada para irrigar plantações ou para animais. Isto porque houve gastos consideráveis por meio de tratamento com processos adequados para torná-la própria para consumo. Outro problema constatado com as ações irregulares é o prejuízo causado pelo dano ao patrimônio público, que existe para atender um conjunto de pessoas e não pessoas de forma isolada.
Fonte: G1.com
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