O deputado Gustavo Fernandes, que deixou o MDB devido a
falta de uma nominata forte no arco de aliança que apoia o nome do ex-prefeito
de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT), não tem vontade de uma coligação do PSDB
com o PDT, o DEM e o PSDB. É que a nominata desses partidos só tem medalhões
para concorrer a Assembleia Legislativa: Hermano Morais, Adjuto Dias e Nelter
Queiroz pelo MDB, além do deputado Getúlio Rego no DEM, que em 2014 teve mais
de 50 mil votos.
De acordo com informações, a calculadora dos deputados
estaduais são ativadas de acordo com o cociente eleitoral. Cada coligação ou
partido terá que ter cerca de 70 mil votos para eleger a primeira vaga. Somando
a votação de todos os candidatos por coligação, aí gera quanto cada aliança
fará para a Assembleia Legislativa e a Câmara dos Deputados. A Justiça
Eleitoral não considera eleito para deputado, quem tem mais votos, mas sim a
soma dos votos de todos os candidatos por coligação.
Se comparar as eleições passadas de 2014, Hermano Morais,
Getúlio Rego e Nelter Queiroz tiveram mais de 50 mil votos cada. Álvaro Dias
foi o menos votado do MDB com 34 mil votos, mas quando assumiu a Prefeitura do
Natal em abril decidiu lançar o filho, Adjuto Dias e que tem perspectiva para
sair somente da capital com 20 mil votos.
Nas contas do deputado Gustavo Fernandes, essa aliança não
seria interessante já que em 2014 ele teve 42 mil votos. Gustavo reforçou suas
bases no Mato Grande com o prefeito de João Câmara, Manoel dos Santos (DEM) e
no Agreste Potiguar com o prefeito de Nova Cruz, Targino Pereira (MDB).
As alternativas hoje para uma melhor aliança do PSDB e
segurar a maior bancada seria uma chapa forte com o PR de João Maia, que tem o
deputado George Soares, a primeira-dama de São Gonçalo do Amarante, Terezinha
Maia e o empresário Jorge do Rosário, que tem o apoio de Tião Couto e a classe
empresarial de Mossoró, saindo bem também do Oeste Potiguar. O PP do deputado
federal Beto Rosado e do publicitário Kadu Ciarlini, amparados pela prefeita
Rosalba Ciarlini, que administra o segundo maior colégio eleitoral do Estado,
completaria o time.
Enquanto o PDT de Carlos Eduardo só tem a vereadora Nina
Souza como postulante a Assembleia Legislativa, reforçada com os medalhões do
MDB (Hermano Morais, Adjuto Dias e Nelter Queiroz), além do DEM que tem o
deputado Getúlio Rego, bem votado em no Alto e Médio Oeste. O PSB de Fábio
Dantas só tem o deputado Ricardo Motta, e alguns nomes pequenos que não reúnem
30 mil votos somados. A ex-prefeita de Mossoró, Fafá Rosado não sabe se sai a
deputada estadual.
Já o PSD do governador Robinson Faria, tem uma chapa
reforçada na proporcional. Os deputados Galeno Torquato, que atua no Alto
Oeste, Vivaldo Costa no Seridó, Dison Lisboa no Agreste Potiguar e Jacó Jácome
em Natal e no segmento evangélico são postulantes à reeleição. Ederlinda Dias
que parte com o apoio do prefeito de Macaíba, Fernando Cunha, e os ex-prefeitos
Ivan Júnior (Assu) e Wellinson Ribeiro (Canguaretama), além de Raimundo Costa,
ex-secretário estadual de Assuntos Fundiários e Reforma Agrária, também serão
postulantes.
O PT da senadora Fátima Bezerra tem nominata própria, mas
não aceita aliança com o PHS do deputado Souza Neto e talvez faça com o PCdoB
do deputado Carlos Augusto Maia. Enquanto isso, o PSB do vice-governador Fábio
Dantas já fechou questão em apoiar Fátima Bezerra (Governo) e Zenaide Maia
(Senado). A aliança do deputado federal Rafael Motta (PSB) com a nominata do PT
(Fernando Mineiro e Natália Bonavides), além do PCdoB e PHS vem sendo
articulada para garantir duas vagas. Falta apenas a situação do deputado
Ricardo Motta, que pode ser resolvida com uma aliança do PHS de Souza Neto.
Mossoró Hoje
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