Renato Gaúcho se defende após entrevista em que intimida jornalistas: 'Não ameacei ninguém'
O técnico do Grêmio, Renato Gaúcho, se defendeu do tom hostil adotado na entrevista coletiva após o empate com o Cruzeiro, por 1 a 1, na noite de quarta, quando intimidou jornalistas. Nesta quinta-feira, o treinador disse que não é de fazer ameaças e ser "contra qualquer ato de violência".
Após as declarações do treinador, o Sindicato de Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (SindJoRS), com apoio da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj), divulgou nota de repúdio. A entidade afirma que "NÃO ACEITA", em hipótese alguma, ameaças à integridade de jornalistas e suas famílias.
"Ameaças ao trabalho de jornalistas nos remetem a uma época ditatorial que lutamos para que não se repita (ainda mais numa época em que temos, nas telas do cinema, "Ainda Estou Aqui", relembrando o período lamentável na história brasileira)", afirma o SindJoRS.
Em sua rede social, Renato Gaúcho afirmou que tentaria que explicar o que eu quis dizer. "O que vemos cada vez mais no futebol é a total falta de respeito por parte, principalmente, de jornalistas identificados. O jogador tal é um lixo, não pode vestir a camisa desse ou daquele time. Esse jogador é uma m... Esse treinador tem de ser demitido. Entre muitas outras ofensas que são feitas todos os dias. Será que é fácil para os filhos dos jogadores, para as famílias dos jogadores, ouvir esse tipo de coisa? Como será que é a vida dos filhos dos jogadores, dirigentes, treinadores, quando esse tipo de coisa acontece? Ou será que do lado de cá ninguém tem família?", escreveu o técnico.
Renato Gaúcho ainda completou: "O que aconteceria se durante uma entrevista um profissional do futebol respondesse assim: 'Acho que seu chefe deveria mandar você embora. Sua pergunta é muito ruim'. 'Como a sua emissora tem coragem de ter você como profissional?' Como sua família se sentiria? Como seus filhos ficariam na escola? Foi isso que eu quis dizer".
Com o Grêmio flertando com a zona de rebaixamento, Renato afirmou após o jogo com o Crzueiro ser "bom demais", em condições de evitar uma possível queda para a Série B. "Eu sou muito bom. Sou bom demais. O que vocês fazem com os treinadores não dá, não. Eu mato no peito, não escuto, não leio. Se não, eu enlouqueço. Mas sei da minha capacidade", afirmou o técnico do time que ocupa o 14º lugar no Brasileiro, com 41 pontos, três acima da zona de rebaixamento. A primeira equipe dentro da zona de queda é o Criciúma, com 38, em 17º.
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