terça-feira, 24 de março de 2020

Senado e Câmara terão três PECs para adiar eleições para 2022


A Câmara e o Senado estão recebendo três diferentes propostas de emenda à Constituição (PEC) para adiar as eleições municipais deste ano para 2022 e estender os mandatos de prefeitos e vereadores até 1º de janeiro de 2023.
Pelas propostas, o pleito municipal seria realizado junto com os demais (deputados estaduais, federais, governadores, senadores e presidente). A partir daí, haveria só uma eleição geral a cada quatro anos.
Uma das propostas é do deputado e candidato à Presidência em 2014, Aécio Neves (PSDB-MG), mas ainda não está pronta. As outras são dos senadores Elmano Férrer (Podemos-PI) e Major Olímpio (Podemos-SP) e foram encaminhada nesta segunda-feira.
No Senado, para que a PEC comece a tramitar, é necessário apoio de 27 senadores. Em tempos de pandemia, Férrer está disparando mensagens via WhatsApp aos colegas e pedindo assinaturas – eles poderão dar aval à Mesa do Senado via e-mail.
“Não há condição nenhuma de realizar eleição em outubro. Não enxergo como o país poderia, em meio a esta pandemia, mergulhar em uma campanha eleitoral para levar 150 milhões de cidadãos às urnas, nos 5.570 municípios do país, para eleger prefeitos, vice-prefeitos e quase cerca de 58.000 vereadores, disse Férrer ao Valor.
Seria um crime lesa-pátria. A situação é muito grave e o impacto maior ainda virá. Impossível fazer eleição numa situação dessa”, afirmou.
“Fazer as eleições neste momento gerará um grande risco à saúde pública, com aglomeração de pessoas, bem como um grande desperdício de bilhões de reais de dinheiro público para realizar as eleições, dinheiro esse que pode ser destinado para dar suporte para a população”, disse Olímpio.
Se aprovada alguma das propostas, os prefeitos que já estão em segundo mandato ficariam dez anos à frente das gestões municipais. Os demais poderiam concorrer à reeleição em 2022, podendo também alcançar dez anos seguidos como prefeitos.
Para ser aprovada, uma PEC precisa do aval de três quintos da Câmara (308 dos 513 votos) e do Senado (49 dos 81 votos) e não passa pelo crivo da Presidência da República.
Fonte: Valor Economico.

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Estudante do Curso - Bacharelado em Administração, apresentador do Programa Radiofônico "O Legislativo em Ação", parceiro da Rádio Princesa 90FM, Redator da Coluna "Giro pela Cidade", Titular do Blog Angicos Noticias e blogueiro!