O Ministério Público do RN (MPRN) ofereceu à Justiça uma denúncia
contra um integrante de uma organização criminosa que atua no estado,
principalmente com tráfico de drogas, delitos contra o patrimônio, crimes
relacionados a armas de fogo, além de crimes contra a vida de agentes públicos
da área da segurança pública e de integrantes da facção rival.
No documento,
o MPRN, por meio da Promotoria de Justiça de Angicos, região Central potiguar,
argumenta que o denunciado promoveu, constituiu, integrou e financiou uma
organização criminosa, em 2019, a partir do município.
A facção é
estruturalmente ordenada, com divisões de tarefas, com objetivo de obter,
direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de
crimes e com emprego de arma de fogo.
A participação
do acusado na organização e seu papel como fornecedor de drogas foram
confirmados a partir de investigações na Operação Lei e Ordem II.
Foram obtidas
provas de que o integrante da facção negociava a venda de drogas com vários
homens não identificados (assim como com outros integrantes da mesma
organização), além de prestar contas relacionadas ao tráfico e praticar lavagem
de dinheiro.
Foi juntado
aos autos também um relatório da contabilidade diária em razão do tráfico
ilícito, indicando que, somente num período de sete dias, em 2019, ele recebeu
R$ 47.450,00, em razão das atividades ilícitas.
Quanto à
lavagem de dinheiro, o acusado, de modo consciente e voluntário, no contexto
das atividades da organização criminosa, somente no período de 05 a 07 de
agosto de 2019, ocultou, por 31 vezes, em concurso e unidade de desígnios com
sujeitos ainda não identificados, a origem e propriedade de valores
provenientes da comercialização de drogas ilícitas.
O acusado, em
atuação com os demais membros da organização criminosa, determinava que os
valores provenientes do narcotráfico fossem depositados em contas bancárias de
terceiros, com vistas a ocultar a origem e propriedade dos valores.
O valor total
movimentado, em diferentes contas bancárias, no curto período indicado, foi de
R$ 36.870,00.
Para o MPRN,
ficou comprovado o envolvimento direto do denunciado na gestão da facção criminosa
em todo o estado, especialmente em Angicos.
O acusado já
responde a uma Execução Penal na 17ª Vara Criminal da Comarca de Natal, por
tráfico de drogas, atualmente em regime fechado (recentemente, seu regime foi
regredido), estando foragido.
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