A Assembleia Legislativa do Rio Grande
do Norte lançou, na manhã desta sexta-feira (16), mais uma campanha
institucional, intitulada “Alienação parental: os mais prejudicados são os
filhos”. O debate contou com o engajamento não apenas de especialistas e
autoridades, mas também de pessoas que vivenciaram a situação. Foi o caso do
arquiteto Henrique Xavier, que relatou de forma esclarecedora a experiência de
falta de contato com o filho desde o divórcio, contribuindo para a
conscientização da sociedade acerca do tema.
Num discurso emocionante,
Henrique Xavier contou que, logo após a separação da sua ex-esposa, com a qual
tem um filho de 12 anos, não consegue visitar o garoto regularmente, porque ela
não permite muito contato entre eles. À época, o menino tinha apenas quatro
anos.
“Eu me divorciei há oito
anos e, desde então, eu não consigo ter contato próximo com o meu filho. O mais
absurdo é que eu tive meu direito de visita reconhecido pela Justiça, mas minha
ex-companheira descumpre a ordem judicial. Isso é lamentável, dói muito. Eu
simplesmente perdi a infância do meu filho”, revelou.
O arquiteto disse que seu
filho “tem trauma quando o assunto é o pai”. “Eu sei que ele me ama, mas
infelizmente ele segue as diretrizes de quem tem a guarda, que é a mãe”,
lamentou.
Henrique Xavier fez ainda
um alerta sobre o assunto. “Nós, enquanto pais, devemos ter maturidade
suficiente para aparar essas arestas das incompatibilidades com nossos
ex-cônjuges. A gente tem que entender que, em meio aos conflitos, a criança é o
ser humano mais importante, é quem mais devemos ter o cuidado de preservar”,
aconselhou.
Ao final do seu discurso,
o arquiteto destacou que a escola do filho não conta com setor psicológico para
solucionar questões relacionadas à alienação e suas consequências à saúde
psíquica das crianças e adolescentes, o que, segundo ele, “é inadmissível”.
O depoimento de Henrique
Xavier demonstrou que a alienação parental é mais comum do que se imagina, bem
como revelou a importância de se discutir o tema perante toda a sociedade, de
forma estratégica e responsável.
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