O curso de
Engenharia de Produção do Campus de Angicos da Ufersa realizou um novo formato
de aula inaugural para recepcionar os alunos do semestre 2019.1. A coordenação
do curso estruturou no dia 15 de maio a aula inaugural de uma forma diferente
do que já ocorria nos semestres anteriores com a realização de um Hackathon
(maratona de soluções inovadoras), tendo em vista aprimorar a relação do
discente com a atuação do engenheiro de produção.
A aula teve
início com uma visita técnica à Cerâmica Itajá, uma empresa de referência no
pólo ceramista na região por suas certificações, processos modernos e gestão
aprimorada. A visita foi acompanhada pelo diretor-presidente da empresa, Vargas
Soliz Pessoa (2º vice-presidente do SINDICER – Sindicato das Indústrias
Ceramistas do RN), pelo gerente de produção, Juquinha, e pela técnica em
segurança do trabalho da empresa, Pollyana. Até a chegada ao local, os alunos
não tinham conhecimento da realização da maratona e somente durante a visita
foram informados pela coordenadora do curso, Natália Veloso Caldas de
Vasconcelos, que aconteceria o hackathon. Os estudantes foram divididos em
equipes que abrangeram alunos de semestres mais avançados e recém-chegados. As
divisões foram realizadas de acordo com as áreas do curso, segundo a Associação
Brasileira de Engenharia de Produção (ABEPRO), e contaram com a tutoria dos
docentes presentes. Na ocasião, Vargas fez uma explanação sobre a empresa,
tirou dúvidas dos alunos, e expôs suas principais dificuldades no processo
produtivo. Finalizada essa parte introdutória, os alunos foram divididos em
dois grupos e direcionados a conhecer o processo produtivo pessoalmente.
“Ao
descobrir que teria o hackathon achei fantástica a ideia! Já tinha ouvido
falar, mas foi a primeira vez que participei de algo assim durante toda a minha
graduação. E foi uma experiência incrível! Pois dessa forma, foi possível fixar
ainda mais os processos vistos na organização do que se tivesse sido apenas uma
visita técnica tradicional. Como também, essa “competição” possibilitou a
aplicação de conteúdos vistos em sala de aula aumentando assim a compreensão
acerca dessas teorias e sem dúvidas foi uma troca de conhecimentos
enriquecedora para todos os participantes. Isso porque diante do desafio
proposto, foi possível verificar a capacidade e reação dos alunos a possíveis
problemas que surgem nas empresas, mostrando que somos capazes e que nossa
formação profissional está no caminho certo”, disse a aluna Sarah Gouveia,
estudante e membro da equipe campeã da maratona. O sentimento foi
compartilhado pela aluna Raisa, estudante e também participante da equipe
campeã. “Um evento de grande aprendizado, interação e desenvolvimento
prático das disciplinas vistas em sala de aula. O Hackathon ampliou esse
conhecimento de forma conjunta, rápida, eficiente e propôs resultados
excelentes para serem implantados na empresa”, afirmou.
A atividade
foi apreciada não somente pelos alunos, mas pelos docentes presentes. “Gostaria
de parabenizar a coordenação do curso pela iniciativa e êxito da aula
inaugural. Estimular o pensamento crítico no que tange a identificação de
problemas organizacionais, desenvolvimento do trabalho em equipe, elaboração de
soluções criativas e integração do meio acadêmico ao mercado de trabalho pode
ser visto como um dos grandes desafios para a formação do profissional em
Engenharia de Produção. Sem dúvidas, a agregação da visita técnica com o
hackathon despertou a importância destas competências. Os alunos e tutores
puderam conhecer todo o sistema produtivo, identificar problemas e trabalhar em
equipe nas áreas de atuação específicas da Engenharia de Produção, de modo que
soluções puderam ser apresentadas diretamente aos gestores da empresa. Assim,
acredito que a aula inaugural trouxe enriquecimento de conhecimento e
satisfação de todos os envolvidos”, afirmou o professor Rafael
Palhares, tutor da equipe campeã da maratona.
Após o
almoço, as atividades foram retomadas, agora no Educandário Nossa Senhora das
Vitórias, onde o curso foi apresentado aos discentes, assim como a estrutura
curricular, equipe de docentes, Centro Acadêmico e Empresa Júnior. Em seguida,
os alunos tiveram 2 horas para elaborar as propostas de melhoria/plano de ação
em uma cartolina e tiveram 10 minutos para apresentar, sem prorrogação. A banca
avaliadora foi formada por Vargas, Diretor-presidente da Itajá, Juquinha,
Gerente de Produção, Pollyana, Técnica em segurança do trabalho, Éverton,
Trainee SEBRAE, e Natália Veloso, Vice-coordenadora do curso.
Para o
professor Paulo Ricardo, tutor da equipe campeã, a experiência do hackathon foi
objetiva, inovadora, lúdica. “Em poucas horas podemos despertar nosso espírito
engenheiro, com a análise e proposição de melhoria em um processo produtivo,
até então, desconhecido, em um formato de disputa de equipes. Além de
possibilitar a interação com colaboradores desconhecidos, tudo isso, em meio a
um clima de descontração e competição”, concluiu.
Essa
iniciativa foi apresentada no ENCEP – Encontro Nacional de Coordenadores de
Curso de Engenharia de Produção realizado de 08 a 10 de maio em Goiânia/GO, e
tornou-se um capitulo de livro (acesse aqui). Além de possibilitar uma
maior aproximação do discente com o mercado de trabalho, também possibilitou
uma maior aproximação entre a universidade e uma empresa referência da região.
Sendo uma prática bem vista e apreciada pela Cerâmica Itajá. “Tivemos na
cerâmica Itajá uma experiência única, alunos e professores com uma missão de
auxiliar em dois problemas (gargalos) existentes na nossa empresa e após
algumas horas de trabalho foram apresentados várias soluções. Interação entre
empresa e universidade sembre gera bons resultados, parabéns e agradecimento a
alunos e professores do curso de engenharia de produção da Ufersa Campos
Angicos”, disse Vargas, Diretor presidente da Cerâmica Itajá.
Segundo
Juquinha, Gerente de Produção Itajá, o dia da maratona entra para a
história da empresa. “Tivemos a oportunidade bem como a satisfação de
recebermos alunos da Ufersa. Diferente das outras e inúmeras turmas que já
visitaram a nossa empresa, em que temos como missão passar informações sobre o
processo produtivo bem como a atuação e evolução da empresa ao longo desses
anos. Dessa vez foi bem diferente, pois visita tinha um propósito um objetivo,
conhecer o processo produtivo e seus gargalos com visita em loco pelo período
da manhã, e atarde elaboração em trabalho de grupos com apresentação sobres os
problemas levantados pelos diretor administrativo da cerâmica vargas no período
da manhã. As apresentações foram ótimas com soluções a curto, médio e longo
prazo apesar curto espaço de tempo para sua elaboração. Ficou como lição que
toda empresa antes de iniciar sua construção deveria buscar a orientação de
profissionais com conhecimento para eliminaria possíveis gargalos que surgirão
no futuro”.
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