A Associação dos Delegados de
Polícia Civil do RN (ADEPOL/RN) foi a Assembleia Legislativa esta semana
cientificar os deputados a respeito dos cortes sofridos pela Polícia Civil
neste ano, tanto na esfera federal como estadual, e pediu apoio aos parlamentares
na realização do concurso público para a instituição.
Todos foram cientificados de que
a Polícia Civil há mais de dez anos é a instituição mais prejudicada com os
cortes/contingenciamentos, inclusive este ano. Recentemente o Governo Federal
bloqueou 20% das emendas parlamentares, sem ressalvar a segurança pública, e
isso resultou na perda de R$ 940 mil, oriundos de emendas individuais federais,
que seriam destinadas a compra de computadores para a investigação criminal.
“Hoje temos mais de seiscentos
computadores aptos a parar de funcionar, já que ou são demasiadamente antigos e
sem a devida manutenção, ou por que são aparelhos frutos de apreensões e
compostos por peças improvisadas. Contávamos com as emendas para adquirir novos
computadores”, lamentou a presidente da ADEPOL/RN, delegada Paoulla Maués
Além disso, no dia 18 de
fevereiro, o Governo Estadual expediu um decreto contingenciando R$ 9,75
milhões das verbas que seriam destinadas ao custeio e R$ 5,03 milhões que
seriam dirigidas a área de investimentos da Polícia Civil. Segundo a presidente
da ADEPOL, a polícia investigativa do estado entrará em colapso, caso não
seja solucionado o problema.
A associação espera que dos R$ 40
milhões que a emenda de bancada federal dirigiu à segurança pública do estado,
o Governo Estadual destine uma considerável parte a Polícia Civil, já que há
décadas tem sido sucateada por sucessivos governos que não priorizaram a
segurança pública, muito menos a investigação criminal e o combate a
impunidade.
Além da precarização financeira,
a ADEPOL/RN também cientificou os deputados a respeito do déficit de efetivo
policial. O último concurso público realizado para reposição de cargos no
âmbito da Polícia Civil ocorreu há dez anos, e atualmente o processo
administrativo que autoriza o concurso tramita no executivo estadual desde 2015,
sem solução.
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