A Polícia Rodoviária
Federal (PRF) prendeu no final da tarde desta segunda-feira, 18, um homem de 22
anos. A prisão ocorreu na BR 304 em Mossoró. Ele conduzia um Siena com placa de
Fortaleza. As informações são da PRF.
Aparentando nervosismo, o
motorista informou que estava vindo da capital cearense para a cidade de
Angicos/RN. O estado emocional do suspeito chamou a atenção da equipe, que
procedeu a uma busca mais detalhado no veículo. No decorrer da fiscalização, os
policiais encontraram um total de 25 cheques devidamente preenchidos, cujos
valores resultaram em um montante de R$ 83.820,15.
Indagado sobre a
procedência dos cheques, o jovem afirmou a princípio que pertenciam ao seu pai
e este teria solicitado que ele realizasse o depósito. Porém, após diligências
e informações encontradas no aparelho celular do suspeito, onde foram
encontradas mensagens de texto sobre a prática de crime de estelionato, este
confessou que realizava os depósitos para uma quadrilha de Fortaleza e que
receberia uma quantia pelo serviço.
De posse dos cheques, os
policiais fizeram contato telefônico com alguns emitentes, que afirmaram terem
emitidos cheques em valores muito abaixo dos informados. Diante dos fortes
indícios de cometimento dos crimes de estelionato e adulteração, o homem foi
detido e conduzido à Delegacia de Plantão de Mossoró, onde também compareceram
duas vítimas localizadas pela PRF, que inclusive apresentaram cheque original
que havia sido “clonado” pela quadrilha. O acusado foi flagranteado e ficou à
disposição da autoridade policial.
Como funcionava o golpe:
1) O titular do cheque
(geralmente um comerciante ou empresário) emitia um cheque pré-datado em favor
de algum fornecedor da cidade de Fortaleza, em pagamento por algum produto ou
serviço;
2) O fornecedor utilizava o cheque como pagamento a terceiros (prática muito
comum) ou garantia de empréstimo com agiotas, gerando uma circulação do cheque
como moeda;
3) Em algum momento dessa circulação, a quadrilha tomava posse do cheque e
copiava os dados nele contidos;
4) De posse desses dados, a quadrilha adulterava cheques com os mesmos dados,
mudando apenas o valor e a data de pagamento;
5) A quadrilha então depositava os cheques em contas de laranjas, antes que os
cheques originais fossem descontados. Para não despertar suspeitas, membros da
quadrilha viajavam para realizar os depósitos diretamente nas agências dos
titulares.
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