Em um desafio ao Supremo Tribunal Federal
(STF), o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), manteve para esta
terça-feira, 3, a votação que deve derrubar o afastamento do mandato e o
recolhimento noturno impostos pela Corte ao senador Aécio Neves (PSDB-MG).
A decisão foi tomada mesmo após a presidente do Supremo, ministra Cármen
Lúcia, sinalizar com um acordo para evitar uma crise institucional e marcar
para a semana que vem o julgamento de uma ação que pode pacificar o assunto.
A questão, que será julgada no dia 11 pelo plenário do Supremo, é se o
Congresso deve ou não dar aval a medidas cautelares contra parlamentares, como
as que foram impostas a Aécio. Eunício, que até o fim de semana estava propenso
a adiar a votação e esperar o resultado do STF, mudou de ideia e comunicou a
decisão a Cármen nesta segunda-feira, 2. Ao final do encontro, voltou a pregar
o entendimento. “A presidente Cármen tem pensado parecido com o que eu penso.
Que não adianta os Poderes fazerem enfrentamento. Os Poderes são independentes,
mas têm que ser harmônicos, têm que dialogar”, disse Eunício.
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