No dia
02 de abril comemora-se o DIA MUNDIAL DA CONSCIENTIZAÇÃO DO AUTISMO, uma doença
cada vez mais presente na população e que requer diagnóstico e intervenção
precoce a fim de que seja assistida de forma efetiva.
O Transtornos do Espectro Autista – TEA, como é
denominado o AUTISMO (conforme Manual de Saúde Mental – DSM-5) devido conter um
grupo de características peculiares, é uma condição geral para um grupo de
desordens complexas do desenvolvimento do cérebro, antes, durante ou logo após
o nascimento caracterizando-se pela dificuldade na comunicação social e
comportamentos repetitivos, sendo o seu estado com intensidades variáveis entre
os diversos indivíduos acometidos. Assim, essas diferenças podem existir desde
o nascimento e serem óbvias para todos; ou podem ser mais sutis e tornarem-se
mais visíveis ao longo do desenvolvimento.
O TEA pode ser associado com deficiência intelectual,
dificuldades de coordenação motora e de atenção e, às vezes, as pessoas com
autismo têm problemas de saúde física, tais como sono e distúrbios
gastrointestinais e podem apresentar outras condições como síndrome de deficit
de atenção e hiperatividade, dislexia ou dispraxia. Na adolescência podem
desenvolver ansiedade e depressão.
Algumas pessoas com TEA podem ter dificuldades de
aprendizagem em diversos estágios da vida, desde estudar na escola, até
aprender atividades da vida diária, como, por exemplo, tomar banho ou preparar
a própria refeição. Algumas poderão levar uma vida relativamente “normal”,
enquanto outras poderão precisar de apoio especializado ao longo de toda a
vida.
O autismo é uma condição permanente, a criança nasce
com autismo e torna-se um adulto com autismo.
O diagnóstico do autismo é clínico, feito através de
observação direta do comportamento e de uma entrevista com os pais ou
responsáveis. Os sintomas costumam estar presentes antes dos 3 anos de idade,
sendo possível fazer o diagnóstico por volta dos 18 meses de idade. Tal
diagnóstico é efetuado pelo fonoaudiólogo que pode ser auxiliado por
psicólogos, psiquiatras e/ou neurologistas.
As pessoas com autismo podem ter alguma forma de
sensibilidade sensorial. Isto pode ocorrer em um ou em mais dos cinco sentidos
– visão, audição, olfato, tato e paladar – que podem ser mais ou menos
intensificados. Por exemplo, uma pessoa com autismo pode achar determinados
sons de fundo, que outras pessoas ignorariam, insuportavelmente barulhentos.
Isto pode causar ansiedade ou mesmo dor física.
Alguns indivíduos que são sub sensíveis podem não
sentir dor ou temperaturas extremas. Algumas podem balançar rodar ou agitar as
mãos para criar sensação, ou para ajudar com o balanço e postura ou para lidar
com o stress ou ainda, para demonstrar alegria.
As pessoas com sensibilidade sensorial podem ter mais
dificuldade no conhecimento adequado de seu próprio corpo. Consciência corporal
é a forma como o corpo se comunica consigo mesmo ou com o meio. Um bom
desenvolvimento do esquema corporal pressupõe uma boa evolução da motricidade,
das percepções espaciais e temporais, e da afetividade.
As pessoas com TEA podem se destacar em habilidades
visuais, música, arte e matemática.
Em caso de dúvidas, procure o fonoaudiólogo da sua
cidade.
Por Fonoaudióloga Emanuela Alves; Doutorada em
Neurociência pela UFRN-RN; Especialista em Neonatologia pela UNIFOR-CE;
Especialista Oncologia Fonoaudiológica pelo A.C.Camargo-SP; Aperfeiçoada em
NASF pela Fiocruz/Ministério da Saúde; Aperfeiçoada em Saúde do Idoso pela
Fiocruz/Ministério da Saúde; Aperfeiçoada em Saúde Mental (Crack, Álcool e
outras drogas) pela Fiocruz/Ministério da Saúde; e membro da Associação
Brasileira de Doenças Neurológicas.
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