Numa entrevista em
que se emocionou ao menos duas vezes, a governadora do Rio Grande do Norte,
Rosalba Ciarlini (DEM), se disse traída pelo senador José Agripino Maia,
presidente nacional e estadual do DEM, que vetou sua candidatura à reeleição no
último domingo para apoiar o pré-candidato do PMDB ao governo, deputado federal
Henrique Alves, e a pré-candidata do PSB ao Senado, Wilma de Faria –
arquirrival política de Rosalba.
“De certa forma, o
DEM está com essa posição me descartando, me dispensando. De certa forma, sim,
me sinto traída, porque era um direito que eu tinha e isso não se faz com
ninguém”, disse a governadora, em entrevista esta manhã ao jornalista Diógenes
Dantas, na FM 96.
Pela primeira vez, Rosalba
abordou o processo de “cassação branca” a que foi submetida dentro do próprio
partido. Ela disse ter sido lesada em seus direitos mais legítimos pelo
diretório do DEM, ficando impedida de ser julgada pelo povo. Pela primeira vez,
Rosalba se disse revoltada com sua situação política.
“Eu considero que
era um direito legítimo. Eu tinha um cargo, um mandato, e é um direito, a
Constituição me dá esse direto. Mas, o diretório do partido… Usaram de todas as
artimanhas para que eu não fosse candidata. Por que não ter o direito de
mostrar ao povo o que fiz? De ser julgada pelo próprio povo? Isso me deixa
indignada, revoltada. Mas o tempo é o senhor da razão e vai mostrar muita
coisa”, alertou.
Imagem:Portal no AR
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